Sombras

Com uma capa de violão, negra, protegendo devidamente seu instrumento, a menina de saia esvoaçante, camisa branca de botão, cabelos negros com uma longa trança à suas costas e pele extremamente alva, carregava uma sacola de loja de conveniência, descendo a rua naquele início de noite. Dobrou a esquina à direita e seguiu a passos largos e decididos, parando em frente a um belo jardim coberto de grama-amendoim onde o caminho até a porta do sobrado amarelo era demarcado por placas de pedra polida. A garota segue pelas pedras, adentra a varanda para logo em seguida tocar a campainha. A porta branca se abre e uma mulher aparentando estar na casa dos 40 anos, vestida com uma casaco comprido de tricô branco, camisa cinza sem estampas e uma calça também branca. Seus cabelos negros e cacheados repousavam sobre os ombros, sua pele era bronzeada e seus olhos castanhos fitaram a menina ao mesmo tempo que sorriu e disse: _Boa noite Branca! Tudo bem contigo? _Boa noite dona Marina! Tudo bem, sim e c...