sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Volto de viagem

Volto de viagem. Levei o cansaço e larguei-o nas areias do cassino.











Na mala andava também uma falta de paciência que abandonei na banda oriental do rio Uruguai. Carreguei uma alegria nos ombros em forma de uma pequena prima que não conhecia.






Cantei o hino rio-grandense com Joca Martins e um teatro Guarani cheio de Tradicionalistas.








Rolei no chão com uma cachorrinha que apareceu do nada há um ano. Catei conchinhas, contei piada, bebi cerveja ruiva de Blumenau e comi churrasco de ovelha.

A roda de mate amargo adoçou a vida nos encontros com o primo que é como um irmão.

De bota e bombacha andei pelos pagos. O chapéu tapeado na copa aparou a chuva lá em rio branco, onde comi torradas e comprei bombons negros.

Com meus avós aprendi mais sobre minha família, ouvi histórias, chorei e ri. Quem ainda tem a sua que aproveite, pois não tem coisa melhor que um colo de avó!

Na mala trouxe comigo saudades, que nunca me deixam, do lugar que amo demais, além disso, energia para mais um ano de lida, que não no campo, mas na cidade, mesmo assim lida bruta tropiada a golpes de mango. Fotos e mais fotos, para mostrar aos amigos, momentos congelados de tempo para nunca serem esquecidos.

Esperança de um futuro melhor, um novo começo, ou coisa parecida.

As angustias ficaram enterradas "num rancho ao sul, de barro e fé" e daqui pra frente estarei "aparando a vida bruta num pala envolto no braço", pois "sou rei neste xucro trono, onde a adaga é a rainha, onde a canha é a madrinha, sem dizer da sorte ingrata de fazer carne barata com ferro bom sem bainha!"










PS: As frases entre aspas são de músicas do Lisandro Amaral


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