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Mostrando postagens de junho, 2011

Nada

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O oco do espaço envolto em vácuo Hermeticamente trancafiado ao redor do nada Tardiamente possuído por coisa alguma Precipitado sobre a vã existência pueril Descabido de sentido sabe-se lá de sentimento. Nada Nada existe, como tudo um dia existiu, Ou seria apenas a ausência de tudo que a ele originou? Realmente isso faz alguma diferença? O que retorna ao interlocutor, nem eco se parece. No nada, no vácuo, o som não se propaga. Nada Nada pode ser interpretado neste vazio de contexto Neste vazio de amor, seja próprio ou de outrem. Sem nexo, sem vida, sem o sopro, a chama! Sem o sinal divino a habitar este espaço. Como pode haver tal lugar? Ele existe, eu o sinto, eu o toco. É sólido, é duro, é pesado. Arrasto com correntes este fardo Criação minha em absoluto Uma invenção diabólica a me consumir Cada fibra, cada momento. Sofro com tudo que existe dentro deste nada. Uma antítese paradoxal. Pois se é o nada, pois se não há existência, Como pode haver algo lá, como pode pesar tanto? Não há n...

toda a dor

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Corte profundo marcando o ser Profunda dor em seu âmago Qual cura precisará urgente? Qual poção aliviará sua alma? Respostas foram levadas pelo vento Nada ao alcance de suas mãos se encontra Somente dor e ranger de dentes, Somente sede, fome e lamento. Véu enegrecido cobre e aperta Corpo inerte e desprovido de pensamentos De luz, ou algo de bom que seja Perdido sofrido e atormentado. Somente lágrimas por companheiras Para um ser solitário e infeliz Que sonha com algo nada provável Que dorme nos braços indevidos. Toda a dor de uma existência não será mensurada por qualquer humano...
Quando essa música foi lançada, eu só entendia que era uma das mais longas do Legião~, não compreendia tudo que ela poderia significar. Hoje vivendo coisas que Eduardo e Mônica viveram, lágrimas descem silenciosas pelo meu rosto.