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Mostrando postagens de julho, 2011

Joguete

Joguete, brinquedo, manipulado como queira A dor se apossa por incontáveis dias Rumo que some e reaparece sob os pés Pasmo diante da idiotice suprema. Pueril atitude abstrata da mente Caminhos de sombras aperto e dor Sangrando e rastejando convalescente De olhos fechados entra em torpor Não escute clamor ignóbil Recupere sua vida no fogo da vela Reaja diante da luz radiante Reaja diante da felicidade verdadeira Suspirar diante da morte não te trará mais paz do que a que já conheces!

Folha de acanto

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Aquela segunda havia chegado com tudo. O dia da Lua, como os antigos Celtas e Saxões a chamavam, parecia mostrar toda a sua influência sobre o pobre Miguel que mal via a hora de desabar na cama. Já estava tarde quando pegou aquele ônibus com destino à casa. Não avistou nenhum banco vazio então sentou-se no mais próximo à porta, queria apenas escorregar para dentro de casa assim que saltasse daquele veículo. Distraído com seus pensamentos, resolveu olhar para a janela e só então percebeu como era a pessoa que dividia o banco com ele. Uma moça de cabelos negros e lisos, um ar um tanto delicado. Seus traços eram finos, sua pele tinha um tom de bronze. Seu rosto lembrava um quadro clássico, uma Psiqué talvez, com olhos marcantes e bem delineados pela maquiagem que os ressaltava. Vestia roupas claras, Uma camisa básica sem estampas, cinza e uma saia longa deixando à mostra seus pés em uma sapatilha preta. Em seu colo repousava uma bolsa de tecido e foi neste momento que o rapaz viu a...