Aquela segunda havia chegado com tudo. O dia da Lua, como os antigos Celtas e Saxões a chamavam, parecia mostrar toda a sua influência sobre o pobre Miguel que mal via a hora de desabar na cama. Já estava tarde quando pegou aquele ônibus com destino à casa. Não avistou nenhum banco vazio então sentou-se no mais próximo à porta, queria apenas escorregar para dentro de casa assim que saltasse daquele veículo. Distraído com seus pensamentos, resolveu olhar para a janela e só então percebeu como era a pessoa que dividia o banco com ele. Uma moça de cabelos negros e lisos, um ar um tanto delicado. Seus traços eram finos, sua pele tinha um tom de bronze. Seu rosto lembrava um quadro clássico, uma Psiqué talvez, com olhos marcantes e bem delineados pela maquiagem que os ressaltava. Vestia roupas claras, Uma camisa básica sem estampas, cinza e uma saia longa deixando à mostra seus pés em uma sapatilha preta. Em seu colo repousava uma bolsa de tecido e foi neste momento que o rapaz viu a...