Apenas o
som dos passos firmes e rápidos eram escutados ao longo daquela extensa galeria
que levava até a sala do trono. Ela mantinha a respiração ritmada e a cabeça
erguida.
Chegou até
a porta e o arauto entrou para anunciá-la:
_Lady Naurë
Arëhto!
Mal pisou
na sala do trono e escutou o grito ecoar:
_Um silfo?
_ O tom era demasiadamente ameaçador. _ Eu te envio para bloquear uma
empreitada élfica e a moça imagina que um simples Silfo iria resolver o
problema?
Olhando
apenas com a visão periférica, ela tenta se aproximar, mas parece hesitar.
_Aproxima-te!
A jovem
Drow chega mais perto até estar bem à frente de sua rainha.
_Voltaste
viva, merece pagamento...
Com um
movimento rápido, Alëh desferiu um tapa na jovem com as costas da mão e a
arremessou ao chão.
_Levanta-te!
Faço-te estudar todas as artes e culturas deste mundo para me envergonhares
desta maneira?
_Mas, mã...
_Cala-te!_
Interrompe veementemente Alëh. _Sou Vossa Majestade aqui nesta sala, Aqui nesta
Ilha, Aqui em Mittlar! Já és adulta para correr em direção ao colo de uma mãe! Serei
dura contigo, ou lá fora será pior!
A jovem se
levanta e endireita sua postura diante de sua rainha.
_Vossa
majestade, perdoe-me por ter subestimado meus adversários. Verificarei os meus
erros para que não volte a acontecer.
_Melhor
assim, alteza. _fez uma pausa _ Só para te lembrar: Existia uma Mestre com
eles, Um Contra-mestre e Merlin! Um silfo bobo eu comeria no desjejum!
Naurë sente
seu coração contrair contra o externo. Desapontou sua mãe e sua rainha...
_Recolha-te
aos teus aposentos! Mandarei Elladan te tutorar em duas horas!
***
Ela se
despiu, seu corpo magro e esguio mergulhou nas águas da tina. Tentava retirar
com a bucha a vergonha que sentiu. O tapa que recebera ainda latejava em seu
rosto, contudo, a dor de ter falhado era bem maior.
Estes acontecimentos se passam após o ocorrido no Capítulo XVII do Portal do Clérigo.
fonte da imagem: http://accuracy0.deviantart.com/art/Dota-2-Drow-Ranger-277615061